— O B S C U R E

Adam e Bernhard encontraram-se em Amsterdã o espectro havia saído do inferno para rever a situação atual da Terra e o cavaleiro esteve a deriva de voltar de um encontro de uma suposta menina, que teria respostas do sumiço da deusa Atena, assim também aproveitando para ver as poucas belezas que restaram após a explosão da bomba em 2020. 

Clima : Nublado e seco

Localização : Mercado das flores, a cidade está praticamente como uma feira medieval.

Suspira Bern, acorrentado em meio o breu. Já fazia tempo que estava naquela posição constrangedora, sentia um frio subir pela cabeça, mas era a única maneira que conseguia dormir. Sua respiração acima de tudo ofegava, mas a necessidade o clamava. Saindo quarto, a primeira visão que tivera era da silhueta de Pandora, depois tendo em vista que o inferno não o necessitava dando brecha para uma estranha vontade de ir para a Terra. No submundo, havia muitas passagens cada qual para uma parte do mundo. A sapuris foi retirada, o banho de óleo foi feito e um único traje talvez um pouco embolorado foi vestido. Sob os olhos uma marca já ocultada por dois tapas do espectro o fazendo apenas avançar ante um portal, atravessando uma luz pálida que ardia suas córneas, para o novo mundo. Era a Holanda o alvo do dia. Em suas narinas invadiam um odor do frescor oxigenado e os sorriso eram presentes. Era aquilo que aconteceu? Mesmo com o resultado da bomba, parecia que as flores tentavam germinar para decorar aquela terra tão escura de um solo tão pobre. Com a mão atrás do corpo o alemão logo se encarregou de averiguar a localidade e de cabo a rabo, revestiu sua vista de uma luz enaltecedora. O dia não estava lá tão ensolarado, mas a luz vinha diretamente do horizonte. O inferno e sua escuridão faziam os espectros tremerem ao ver o dia e temerem a potência solar ao tocar nas peles. O abafado, fazia as vezes o ex-militar suspirar até parar perto de uma quitanda. Não tinha dinheiro muito menos vontade de se alimentar. Sua comida parecia sempre ser o velho conhaque. Sua cosmo-energia contudo, tentava abolir na localidade nunca se sabe onde se via uma cavaleiro ou general, era perigoso, sua identidade estaria sendo rudemente suja. Permaneceu parado, girando os glóbulos oculares vendo famílias e solteiras e de vez ou outra, animais frutos da radiação passarem a seus pés. Num reviro do olhar pensou :

"— Onde fui me meter." - A mão ia até a orelha e a cabeça se virou para um senhor já de idade a oferecer algumas amêndoas em pequenos sacos :

— Que lugar é este? Amsterdã? - Inquiriu num tom baixo, rouco e sério. 

O desaparecimento de Atena ainda preocupa o santuário, todos estamos engajados de nos esforçarmos ao máximo em busca de respostas, Comigo não poderia ser diferente, afinal nunca se sabe quando um mal pode emergir e por mais que o Grande Mestre seja um homem sábio e habilidoso, enfrentar alguma ameaça sem ter Atena para nos direcionar seria extremamente problemático.

Como é bom voltar para a Holanda! Albafica sempre me trazia aqui para treinarmos, nunca me esqueço do local onde ele me encontrou... Como sinto a falta de meu mestre... É bem verdade que a explosão destruiu qualquer tipo de beleza na terra, mas este local continua sendo para mim o melhor lugar do mundo!

Acho melhor retirar meu casaco, assim é bem melhor! Meus olhos encobertos pela minha longa franja percorrem por toda essa paisagem e uma vontade imensa de sorrir consome meu coração enquanto caminho, mas sei que não posso! Não quero chamar atenção de ninguém.

Minhas vestes se baseiam em um sapato negro, uma camisa sem mangas branca e um casaco que agora carrego sobre os ombros segurando-o com a mão esquerda e jogando-o sobre o ombro esquerdo. A população como sempre parece me olhar, talvez algo em mim chame a atenção...




- Hm... que flores lindas! - sussurrei ao observar um mercado com várias barracas expondo os mais diversos tipos de flores, talvez eu devesse entrar e comprar algumas para colocar sobre o túmulo de meu mestre.

Com a resposta positiva do senil, Bern apalpou o traseiro averiguando algum dracma, mesmo sabendo não sendo o valor holandês, quis sentir-se na a necessidade de qualquer humano. Quando já iria retirar a moeda dourada do bolso, sentiu um odor a entorpecer o deixando um pouco cambaleado até ouvir uma voz, um timbre masculino em questão a elogiar as flores. Bern revirou os olhos de cabeça baixa ajeitando a boina sob a cabeça :

— Elas murcharam rápido. - Comentou vagamente se retirando debaixo da cabana encarando a mesma figura. Tinha cabelos longos azulados e uma pele bem pálida. Ocultando sua energia não poderia saber quem fosse ou se não apenas tratasse de um holandês qualquer, mas aquele sotaque. O tal levou ao braço para trás trazendo uma postura mais ereta. virou o rosto logo mais observando algumas mesas, de madeira o que exalavam os anos 40 e uma senhora bem trajada a passar arrastando um longo vestido vermelho :

"— Pulsos, esse vermelho abaixo do pescoço... ahn." - Assim trouxe seu corpo de volta ao presente revirando os olhos se despedindo da bela visão chamativa que tivera, coçou um dos olhos fitando a rosa. depois o velho, e por fim o homem.