— Where I'm Going?

Seus dedos eriçavam nas páginas quase amareladas do livro, sempre com a autoridade da vida de algumas pessoas na ausência de Griffon em mãos, o que mais lhe aumentava ibope para com o imperador do inferno. Murmurava entretanto por vezes, o drástico destino que ganhou em mãos, o inferno não era o paraíso que pensavam. Paz e os gemidos que era sinfonia a seus ouvidos, não era muito convidativo. Próxima a escuridão que já era bem normal ser evasiva no lugar, o mesmo desceu os degraus da escadaria afastando a longa túnica negra se sentando bem abaixo com a mão no rosto. Suspirou amargurado encostando o crânio na pedra acinzentada do salão até voltar o olhar num lúgubre vitral. Fitou os espectros em formas de estátua e riu sarcasticamente como se não tivesse dó daqueles destinos, imperando a mão no pulso para sentir o batimento sempre na mesma, parado :

— Onde estão os brinquedos? Não vem mais mulher para o inferno não? - Suspirou sem ânimo até se erguer caminhando por trás das pilastras com a velha face inaparente.

De repente, a visão lhe foi concedida por um corpo que andejava. Parecia ser um novato, uma carne fresca para a bela oficina. Este para, olha por um tempo, mas suspira ficando de costas. Deixou seus braços para trás entre os dedos entrelaçados até por algum motivo, querer dirigir o discurso :

— Sinto um cheiro forte, mas é somente um rato... - Sussurra de início sem deixa a sua indiferença viva. Naquele dia, Balron não portava ainda seu chicote o que complicaria aquela futura sessão. Pegou uma espécime de turbante deixando cair uma taça assim rindo indo até sua velha escada. Ia digno olhando para cima até entrar numa espécime de cabine, parecia que ganharia depois de tanto tempo, um crédito. Ergueu o braço a frente do corpo, fazendo o tecido da túnica cair perto de seu cotovelo assim encarando com o olho ríspido o novo súdito :

— A corte está em sessão. - Suspirou abrindo o livro.— Venha para frente. Fala-me seu nome. - Expressou ordem no timbre, carregado pelo sotaque alemão.

de forma, o mesmo lapida o próprio crânio ao escutar a frase do rapaz. Conheceu o reino de Atena? Só podia ser mais um grego. Pensando na crença dos gregos, queria ter sido o primeiro a ter roubado o par de moedas que viriam empregadas aos olhos até rir sarcasticamente. Apoiou a face na mão que estava entre também suportada pelo livro assim encarando a figura com pudor :

— Pagam eles com a vida e com a dor eterna. Quem trás dor aos outros, também trará dor a si mesmo. - Resumiu o que se viria. — Mas vendo sua face, não vejo ameaças na verdade, recolho de certo comentar que mereça apodrecer no inferno de gelo. - Assumiu gravidade severa. — Daqui cinco minutos, provável que seus pés esquentem, vai sentir um imenso calor a provocar dentro do corpo não o deixando se mover. Isso será a sua penitência. Todos sentiram um calor quando os matarem, agonia e desespero lhe fundiam nestas sombras assim sendo, você também irá sentir. - Bern, já parecia assumir certeza no que ia acontecer, se retirou da cabine escondendo as mãos na túnica, descendo a escadaria de olhos fechados até parar de frente com o sujeito abrindo assim os glóbulos sério.

O tal assumiu que o outro não era de se preocupar. Tirava mais sarro do que cumprisse de certo, o pedido então, a rispidez do alemão se abaixou, respirou fundo, mudou de pessoa. Caminhou indo para trás até puxar uma cadeira qualquer se sentando tendo o olhar fito ao vitral :

— É mesmo? Diferente dos cavaleiros de Atena, chamamos de sapuris. - Ficou sério elevando um dedo próximo a boca. — É grego? - Assim abaixa a vista dedilhando o material mascavo.

Suspirou o observando até ver a referência de ter uma. Seu lado mental riu, mas ficou em silêncio. Parecia estar de ressaca outra vez. Sorriu para não soltar uma merda e entrelaçou os dedos deixando atrás de sua cabeça sentindo tal peso de sua consciência. Passou o dedo depredando o couro cabeludo, colocando um pé sob o outro em descanso :

— Fácil assim? O imperador Hades riria. - Tentou trazer um ar de ignorância e ironia.— Nunca vi estes cavaleiros de Atena. Devem ser bem fracos. - Murmurou. Os olhos desceram ao rapaz sentado ao chão até fechar os olhos como se dormisse. — Bem complicado. - Deixou uma frase pular da boca sem intenções.

Ele se ergue pensando em algo. Não tinha muita coisa o que dizer até mesmo, foi convidado para a corte, mas naquele caso, se divertiria com o garoto :

— Ser digno de tal. - Riu. — O que me diz, de uma brincadeira? 3 toques. Quem cair três vezes, poderá escolher o próximo passo. - Ele retira a túnica deixando revelada uma veste preta.— Não farei nenhuma aposta. Se quiser algum corpo, daqui a nove corredores onde está o meu quarto, existe uma pilha. - Riu baixo. — E o que me diz, "assassino"? - Fez um sinal de aspas mostrando ainda preconceito contra o acompanhante.

Com a mão no olho, Bern afastou a mexa do cabelo e moveu os ombros assim cerrando o punho andando calmamente rumando até o rapaz. Fechou os olhos, mas ainda o sentia na área assim alavancando com o pé em passos lentos até parar no meio :

— Assassino? Lhe darei as honras... Quer tentar? - Ele ergue os braços sorridente com as pernas unidas e o peito estufado. A cabeça estava baixa e a orelha parecia escutar todo o recinto. Ficou em silêncio oscilando até que de uma hora para outra, fitava a coluna que sustentava a localidade.